terça-feira, 13 de março de 2018

A ambiciosa ambição do CDS

Há um certo desdém relativamente à ambição do CDS e de Assunção Cristas em pretender liderar o espaço à direita e ao centro-direita.
Nesse desdém é sempre destacado o ponto de partida, numa espécie de apelo sarcástico ao realismo. As sondagens, a (ainda) parca implantação do CDS em todo o território, a história do partido. Tudo concorre para que a apregoada ambição não seja mais do que mera boutade política.
Não vou contestar tudo isso. Até porque é óbvio que os partidos são também a sua história.

O dado que verdadeiramente baralha os cépticos tem a ver com as pessoas. Porque os partidos não são só história. São também os seus programas, as suas ideias e as suas pessoas. Ora é destas - das pessoas - que advém a ambição.
As pessoas que o CDS vem agregando, a dinâmica de atracção de «boas cabeças», a capacidade de preencher os lugares relevantes com gente que compara para (muito) melhor com a «concorrência», justificam aquela ambição. Legítima ambição (apetece dizer).
Mesmo os mais exigentes não resistam a um exercício simples.
Escolham as 5 pessoas da vossa preferência na direcção de cada partido. Escolham 8 deputados da vossa preferência em cada bancada. Olhem ainda às pessoas que em cada partido estão a pensar o respectivo programa. E comparem os líderes partidários.
Vão ver que a resistência (e a exigência) para votar no CDS vai ceder. E às tantas a ambição do CDS não será assim tão ambiciosa.

#Escritório

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