segunda-feira, 21 de maio de 2018

O nosso novo cardeal



Por acaso arrisco sugerir que esta «promoção» de D. António Marto a cardeal nasceu há um ano naquele silêncio místico, profundo e arrebatador que se abateu sobre Fátima. No meio de uma multidão de centenas de milhares de fiéis, Francisco prostrou-se aos pés de Maria e rezou sem intermediações, sem interrupções, em absoluto silêncio. Naquele momento o Papa percebeu que Fátima não era um mero santuário popular, que atraía milhares de peregrinos de todo o mundo e que singrara por comoção e afeição à história dos pastorinhos.

Não. Fátima é um local de oração absolutamente transversal. Onde se geram silêncios arrepiantes. Onde o encontro com Deus se propicia como em poucos lugares.
Chega a ser curioso que Fátima se imponha aos Papas já no decurso dos seus papados. Foi assim com João Paulo II, que «despertou» para Fátima depois do atentado de que foi vítima. E é assim com Francisco que, acedendo a presidir ao centenário das aparições, partiu rendido à fidelidade e à autenticidade de Fátima como lugar de oração, de encontro e – como costumamos dizer – de altar do mundo.
Faz todo o sentido que Fátima – e os frutos dos seus silêncios e orações – estejam mais próximos do Papa. E é feliz a circunstância de essa participação se inaugurar pela fé de um Bispo que experimentou – ele próprio – essa supresa e rendição a Fátima.

Santuário de Fátima felicita o seu bispo diocesano por esta escolha e reconhece nela uma deferência para com Fátima
FATIMA.PT

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