quinta-feira, 7 de junho de 2018

Cecília Meireles

A militância partidária faz-se muito da tensão entre os equilíbrios internos (que se exprimem especialmente nos actos eleitorais para as estruturas partidárias) e a capacidade de estar aberto a quem olha de fora, a quem tem verdadeiramente o poder eleitoral de tornar relevante cada partido (até porque é dessa relevância que depende, depois, a capacidade de dar expressão ao programa do partido). Quanto mais valorizada for essa capacidade de interpretar quem olha de fora, em detrimento da sensibilidade para os equilíbrios internos, maior será a relevância do partido e, portanto, maior será a expressão que o programa do partido terá na vida colectiva (afinal, é esse o verdadeiro propósito). Se quiserem, numa frase, muito mais importante que agradar aos militantes importa compreender e corresponder aos eleitores. E se os militantes perceberem isso não chegará, sequer, a haver qualquer «oposição» entre uns e outros.
No caso do CDS, onde milito, essa abertura a quem nos vê de fora tem tido particular expressão nas pessoas que vem agregando à sua volta, na dinâmica de atracção de «boas cabeças», na capacidade de preencher os lugares relevantes com gente que compara para (muito) melhor com a «concorrência».
E em certa medida, é das pessoas que advém a ambição do CDS no actual contexto do centro-direita político.
Mesmo os mais exigentes sabem que na direcção nacional, na bancada parlamentar, na elaboração do programa do partido, o CDS agrega pessoas qualificadas e com capacidade de alargar eleitoralmente o partido.

Há pouco mais de dois meses, quando integrei a lista da Isabel Meneres Campos para a concelhia do Porto, experimentei com especial acuidade o que representa isso da tensão entre os equilíbrios internos e a capacidade de estar aberto a quem olha de fora. Pouco me interessaram aqueles, devo dizer. Estive e estou com a Isabel pelas melhores razões.
Agora, o calendário eleitoral interno coloca-nos perante a escolha de uma nova liderança para a distrital do CDS Porto (a maior distrital do partido).
Não sei, sinceramente, que melhor critério deva seguir que não seja o de procurar interpretar o nosso eleitorado. Imagino as questões que se possam colocar. Que liderança pode desafiar mais e melhor o CDS e os eleitores do CDS? Que liderança pode projectar mais e melhor a influência e a presença do CDS na nossa vida colectiva? Que liderança pode gerar a confiança que os eleitores do centro-direita querem e ainda procuram?

Eu vejo na Cecília Meireles essa líder. Enquanto deputada e vice-presidente do Partido, reconheço-lhe uma invulgar capacidade de trabalho, de dedicação, e sobretudo, de competência política. Reconheço – o que não é menos importante – que quem nos vê de fora lhe reconhece essas qualidades políticas. Se esta constatação não fosse já suficiente, valeria a pena olhar ao modo generoso, humilde e entusiasta com que se apresenta a eleições para a liderança da Distrital do Porto.
Ora eu não estaria a ser consequente se não oferecesse à Cecilia Meireles o meu apoio – e mais que apoio, a minha participação. Seria até um desperdício não aderir à ambição da Cecília.

Há também um sinal político que o CDS pode retirar deste acto eleitoral interno (e nós sabemos bem como têm valor os sinais políticos). Depois de uma líder nacional – Assunção Cristas –, depois de uma líder concelhia – Isabel Meneres Campos –, podemos ter uma líder distrital – Cecília Meireles. Só no CDS e no Porto, antes de qualquer outro partido e lugar. Também esta é uma oportunidade.
Força Cecília Meireles. Conta comigo.


#Escritório

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