terça-feira, 17 de novembro de 2020

Regionalização (II)

 A ideia (de que falei no post anterior) de que quem defende a regionalização põe em causa a unidade do nosso querido Portugal – e que é tantas vezes ilustrada com um mapa de Portugal ostensivamente esquartejado – é tributária de tantas outras sem qualquer fundamento. Nós, pela unidade, vocês pela divisão de portugueses contra portugueses! O porquê desse binómio simplista é que é mais difícil de explicar.

Este tipo de simplismos e verdades (absolutas, claro, mas absolutamente por demonstrar) faz-me lembrar, por exemplo, aqueles que têm a presunção de achar que são eles (e não os demais) que representam as dores dos mais fracos e desprotegidos. Ou certas associações que se arrogam do exclusivo da solidariedade.
Não, meus amigos, às tantas é por um Portugal mais coeso e equilibrado que uns quantos (enganados, vamos ceder em benefício do argumento) propõem uma organização administrativa do Estado diferente da que temos. Mas no mínimo consintamos que, no plano dos propósitos, não há bons e maus.
Reconhecer a iniquidade do «centralismo» dos bons sentimentos talvez fosse um bom começo.

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