terça-feira, 17 de novembro de 2020

Regionalização (VI)

Volta e meia dou por mim a pensar nas razões que me animam em favor da regionalização.

Há o lado da reacção – do tipo «murro na mesa» – em que se milita na mudança pela mudança (dê-se a vez à regionalização).
Há depois o lado empírico. Seja na educação e suas infraestruturas, seja na segurança, nos agentes policiais e seus equipamentos, seja no ambiente, seja na habitação, seja ainda nos serviços públicos em geral. A percepção, por regra, de melhor serviço quando o prestador é local face ao prestador central, é combustível firme a favor do tal «murro na mesa».
Aqui no Porto, por exemplo, quando olho às escolas primárias, aos bairros municipais, à polícia municipal e seus equipamentos, em geral às vias municipais, e aos serviços públicos municipais e, depois, os confronto com as escolas públicas do Estado central, com os bairros geridos pelo INRH, com a PSP e seus equipamentos, com as estradas nacionais, fico sempre com a convicção de que se sente a distância dos responsáveis face aos problemas a cuidar. No fundo, sente-se a desresponsabilização que a distância promove (longe da vista, longe do coração, já diz o povo).

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