A ideia da regionalização serve muito – ou também – para promover uma afectação mais equilibrada (e solidária, e justa, e diferente) dos recursos do Estado. É uma espécie de antídoto para essa falácia que vem sendo o «efeito spill over» que tudo (ou quase tudo) justifica nos lugares de sempre.
O Palacete
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Regionalização (VII)
Regionalização (VI)
Volta e meia dou por mim a pensar nas razões que me animam em favor da regionalização.
Regionalização (V)
Outra ideia muito batida (esta então é mesmo a mais batida) que se ergue sempre contra a regionalização é a de que tudo, no fundo, se resume à ambição de mais lugares, que hão-de ser preenchidos por boys bacocos, carreiristas e regionais (aqui regionais é adjectivo pejorativo).
Regionalização (IV)
Uma outra intentona lançada contra a regionalização é a da despesa, de que representará a multiplicação de instituições, de empregos públicos, de quadros (mais quadros) para lá dos que já temos no Estado central. E, por arrasto, lá vem o fantasma de mais orçamentos, mais recursos para o Estado (para as regiões, em concomitância com os inamovíveis do Estado central).
Regionalização (III)
O ónus da prova – esse pesado ónus que, inexplicavelmente, impende sobre quem vem sugerindo a regionalização – tem de ser enjeitado sem apelo nem agravo.
Regionalização (II)
A ideia (de que falei no post anterior) de que quem defende a regionalização põe em causa a unidade do nosso querido Portugal – e que é tantas vezes ilustrada com um mapa de Portugal ostensivamente esquartejado – é tributária de tantas outras sem qualquer fundamento. Nós, pela unidade, vocês pela divisão de portugueses contra portugueses! O porquê desse binómio simplista é que é mais difícil de explicar.
Regionalização (I)
O debate sobre a regionalização – que nunca se chega a materializar (o debate, entenda-se) – está invariavelmente condicionado por estereótipos e boutades que têm tanto de infantil quanto de frases feitas (são mais ou menos sinónimos, bem sei).