sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Amoris Laetitia

Sempre que leio uma exortação apostólica, uma encíclica ou qualquer outra reflexão do Papa (do actual, como dos seus predecessores) experimento o sobressalto da consciência e do entusiasmo (ou da esperança). Claro que me assiste o interesse ou a devoção filial, mas não creio que a ela se deva totalmente aquele sobressalto. Procuro mesmo colocar-me na pele e na consciência do distante. De quem não comunga da devoção e do interesse. E, invariavelmente, descortino o chamamento aos homens livres e de boa vontade. Seja à paz, seja ao amor (talvez a mais humana e inata das vocações), seja ao respeito pelo ambiente (para dar um exemplo recente).

Todavia, nunca como na recente exortação apostólica "Amoris Laetitia" (Alegria do Amor) foi tão verdadeira a vocação universal da mensagem do Papa.

Não é preciso ter fé, não é preciso estar próximo da mundividência cristã, não é sequer preciso gostar do Papa e da Igreja. Para qualquer mulher e homem de boa vontade, a reflexão que nos é oferecida "sobre" o Hino à Caridade de São Paulo (Capítulo IV da Exortação Apostólica) é uma generosa e doce receita para a felicidade. Não está lá nenhum segredo. Não está lá sequer nada de novo. Mas está lá tudo. E é um desperdício não aproveitar.

Desculpem o pequeno desvio aos assuntos ligeiros do dia a dia, mas eu tinha que dizer isto.


#Jardim

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