Esta
história do Lula inspira imensos trocadilhos e acaba por nos desviar do nojo
que nos devia causar.
Qualquer
democracia, qualquer Estado de Direito, qualquer sociedade civilizada, não
consegue resistir a tão despudorada e eloquente instrumentalização das regras.
Tal
como um bom exemplo ou um testemunho marcante tem uma força tremenda, também o
mau exemplo ou péssimo testemunho causa enorme dano.
Ter
um ex-chefe de Estado – que persiste como referência para milhões de
concidadãos – a jogar com as regras, a abusar de prerrogativas e a gozar com o
sistema judicial do Estado que chefiou, não é só uma «confissão» de culpa (como
hoje li com graça e acerto). É a verdadeira falência do Estado e das suas mais
altas instituições.
O
ex-presidente e agora ministro até pode ser inocente dos crimes de corrupção de
que o acusam (já nem quero saber). Deste crime de lesa Estado é definitiva e
tristemente culpado.
Nojo
foi o termo que usei lá em cima? Talvez seja mais ilustrativo dizer «escarro».
Ou «lula», como dizíamos entre nós na escola.
#Escritorio
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