Corria o ano de 2006. Era uma noite fria, como
são frias as noites de Novembro. Combinámos os três, como tantas vezes o fizemos.
Eu cuidei de avisar do programa e dos bilhetes. Cada um tratou da sua vida em
casa.
De repente (tive esse acesso interior) dei por
mim, com as minhas irmãs, a entrar no Cinema Batalha para ir ver o Loyd Cole.
Pode parecer estranho, mas estava muito perto
de ser um programa de sonho. Nós os três (os três mais velhos, como diriam os
nossos pais quando eramos miúdos). A ver o Loyd Cole (som que nos acompanhou na
idade das importâncias e dos protestos). No cinema Batalha no Porto (num espaço
icónico da nossa cidade). Parece simples. E é. Parece fácil. Mas não é.
Talvez pairasse entre nós um certo sabor a vingança
de adolescência (no nosso tempo, nas nossas circunstâncias, era o género de
programa que não conseguíamos fazer). E foi mesmo confortável (sim, confortável
– porque foi bom e me deixou confortado).
Parece que o Cinema Batalha vai reabrir. Fico contente. Mas eu hoje já lá «regressei». E voltou a ser confortável.
#Saladeestar
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