Temos uma relação difícil.
Quando apareceste não te liguei nenhuma. Sim,
porque eu só queria mesmo ligar. Resisti uns tempos até termos a nossa primeira
experiência. Podia não ter sido assim, mas gostei logo. E tanto gostei que rapidamente
me conquistaste.
Gostava daquele jogo de toques sintonizados e
sensíveis. Chegava a sorrir quando me lançavas a sugestão que eu procurava (tinha
a sensação que a reservavas para a última hipótese, num jogo de suspense e de gozo).
Os tempos passaram e tu própria também mudaste.
Percebes o que quero mais cedo. Respondes ao mais pequeno e subtil toque.
Dispensas bem a agressividade de outrora (que também já me cansava, confesso).
Mas não penses – tenho que te dizer isto – que está
tudo bem.
Já me fizeste passar vergonhas. Resistes demasiadas
vezes ao que te digo e corriges-me com propostas absurdas (não percebo essa
teimosia de não aceitares o que me vai na alma).
Imagino que qualquer analfabeto morra de amores
por ti e se entregue à tua tirania.
Imagino que sirvas de bode expiatório para
muitos que não se assumem nos seus próprios erros.
Eu prefiro arcar com os meus. Escusas de te
meter. Escusas de me corrigir.
Se é apara ajudares, tudo bem. Mas a continuarem
as coisas assim acaba já aqui a nossa relação.
É que é cada uma? Ontem, por exemplo, era «Bjork»
em vez de «Bj»…
Ando tentado a desactivar a
«escrita inteligente» do telemóvel.#Saladeestar
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