segunda-feira, 27 de junho de 2016

Veraneante lusitano

Somos previsivelmente genuínos. Adoramos o que é popular. Somos permeáveis ao cómodo (e não tanto ao estético). E cedemos ao grátis - quase trocamos a honra por um brinde ou oferta.
Na praia, por exemplo, mal ponho o pé na areia, sei logo se estou entre os nossos. Basta olhar aos guarda sóis (chapéus de sol, como se diz do Mondego para baixo). Entre marcas de café, bebidas ou gelados (mas não só) o sortido é variado. Sempre determinado pela generosidade das marcas - que a publicidade é garantida (ou não fôssemos portugueses).
Podia ser pelo menino nu a correr para a avó disforme. Pelo casal de namorados que não se vê há 6 meses e se despede por outros 6. Pela musa que nos distrai o olhar (há sempre uma, e não é por mais nada que não seja pela graça dos comentários). Tudo sinais que nos distinguem.
Eu, por mim, é mais pelos guarda sóis que tomo o pulso ao ambiente. Nunca falha.

#Saladeestar






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