terça-feira, 16 de agosto de 2016

Ignorância olímpica

Não me excluo. Sou daqueles que, como bom parolo, como bom ignorante e, sobretudo, como bom adepto da festa, parte para os Jogos Olímpicos com uma «fesada» inchada.
Não sei porquê acho sempre que é desta que vamos sair de lá com uma mão cheia de medalhas (no mínimo!).
Conheço mais ou menos um ou outro atleta, tenho uma ideia das modalidades em que participam e já tenho mais dificuldades em saber com o mínimo de rigor as provas em que vão competir (facilmente faço confusão entre os atletas dos 5.000 e os dos 10.000 metros, entre o K1 500 ou K1 1000, entre as categorias de pesos no judo, etc).
Até posso saber qualquer coisa mas a verdade é que não sei nada sobre as reais hipóteses dos nossos compatriotas em competição. Não faço ideia do seu lugar no ranking, muito menos sei quem são os seus adversários e quais as marcas com que se apresentam. Mas nada nem ninguém me abala a «fesada» de partida.
E como é próprio da ignorância, quando de mãos dadas com a «fesada», vou quase sempre parar à exigência (face aos outros, claro).
A desilusão que depois nos assalta – que me assalta – tem muito pouco de fundamento e de justiça. Quando vou «estudar» um bocadinho percebo que se fizeram milagres, grandes prestações, marcas incríveis.
A Patrícia Mamona, por exemplo, ou o Nélson Évora, por razões diferentes, fizeram provas incríveis que nos deviam encher de orgulho. E o Fernando Pimenta – para dar mais um exemplo – deu tudo e não foi feliz.
Retracto-me. E agradeço.
#Saladejogos

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