Não
somos especialmente letrados em política internacional (com política
internacional pretendo referir-me às diversas realidades nacionais de muitos
dos Países que nos vão interessando).
Conhecemos
pouco – mesmo muito pouco – da realidade e das idiossincrasias (fica bem dizer
idiossincrasias) dos Estados Unidos mas poucos de nós resistiram ao comentário
de cátedra sobre o duelo Trump / Hillary. Não fazíamos ideia sobre o
significado da queda da Dilma e sobre a história do seu sucessor, mas não nos
doeram os dedos na hora de postar uma opinião. Dos referendos que grassam (ou
desgraçam) por essa Europa – do já longínquo Grego, passando pelos incontornáveis
britânicos – o da Escócia e o do Brexit –, olhando ainda ao Italiano, e
terminando no Turco deste fim de semana – pouco sabemos para lá dos lugares
comuns, mas não hesitamos em tomar partido e a ensaiar umas ilações de
inteligência e pertinência duvidosas.
Agora
estamos com os olhos em França, de onde nos lançam 4 propostas a evitar
(dizem). A Marine Le Pen da extrema direita (cruzes credo!). O Mélonchon da
extrema esquerda (vá de retro!). O Fillon, retrógrado e a acumular escândalos
(ai de quem o defender!). E o Macron, que dá mau nome à esquerda ou ao centro porque é pelo
sistema (sistema em sentido pejorativo, como é óbvio). Está bom de ver que não é
fácil. Eu, que há muitos anos que me especializei em lugares comuns (não me
estou a pôr de fora, estão a ver?) já só me movo pelo elementar. E o elementar –
convém lembrá-lo – ainda é a preservação deste espaço de paz, de integração, de
democracia e de liberdade, que é a Europa sob o «jugo» da União Europeia. Sei bem
que é démodé, mas ainda sou europeísta convicto, daqueles que olha com
admiração e inspiração para um Adenauer, um De Gasperi ou um Schuman (sim, continuo a achar que eles é que estavam certos).
#Escritório
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