Os meus filhos cumprem o plano de vacinas? Cumprem, mas não posso garantir que o tenham cumprido (ou venham a cumprir) no estrito rigor dos prazos estabelecidos (às tantas a vacina dos 3 meses tomaram aos 4, e a dos 5 anos tomaram já com 6).
Sou irrepreensível no cumprimento dos deveres de zelo para com os meus filhos? Não sou. Claro que não sou. Quantas vezes desprezei o cinto de segurança bem colocado, ou falei ao telemóvel a conduzir, ou me esqueci por momentos de pôr as braçadeiras na praia. E já nem falo das minhas manias (todos temos as nossas e algumas não serão assim tão recomendáveis).
Não procuro esta imperfeição, muito menos dela me orgulho e obviamente que tento evitá-la. A verdade é que são muitas as vezes em que não faço as coisas assim tão bem. E tenho tido sorte. Muita sorte.
Não sou um pai perfeito. Claro que não sou anti-vacinas. E não tenho, felizmente, nenhuma desgraça para contar.
Imagino-me na pele daqueles pais que, como eu, falharam (não necessariamente nas mesmas coisas) mas que não tiveram aquela sorte que me tem assistido. Imagino a dor inacreditável e inultrapassável por que estarão a passar.
E recuso-me a fazer juízos morais (é isso mesmo, não atiro a primeira pedra). Nem que seja por compaixão – já seria uma boa razão. Mas é mais por saber que podia ser eu. Não seriam as vacinas. Seria outro dever qualquer que não cumpro nesta minha imperfeição.
Não paro de pensar nos pobres pais daquela miúda que hoje lhes partiu.
Sou irrepreensível no cumprimento dos deveres de zelo para com os meus filhos? Não sou. Claro que não sou. Quantas vezes desprezei o cinto de segurança bem colocado, ou falei ao telemóvel a conduzir, ou me esqueci por momentos de pôr as braçadeiras na praia. E já nem falo das minhas manias (todos temos as nossas e algumas não serão assim tão recomendáveis).
Não procuro esta imperfeição, muito menos dela me orgulho e obviamente que tento evitá-la. A verdade é que são muitas as vezes em que não faço as coisas assim tão bem. E tenho tido sorte. Muita sorte.
Não sou um pai perfeito. Claro que não sou anti-vacinas. E não tenho, felizmente, nenhuma desgraça para contar.
Imagino-me na pele daqueles pais que, como eu, falharam (não necessariamente nas mesmas coisas) mas que não tiveram aquela sorte que me tem assistido. Imagino a dor inacreditável e inultrapassável por que estarão a passar.
E recuso-me a fazer juízos morais (é isso mesmo, não atiro a primeira pedra). Nem que seja por compaixão – já seria uma boa razão. Mas é mais por saber que podia ser eu. Não seriam as vacinas. Seria outro dever qualquer que não cumpro nesta minha imperfeição.
Não paro de pensar nos pobres pais daquela miúda que hoje lhes partiu.
PS. Não sei o que é uma sociedade machista. Mas o exercício público e publicado a respeito da notícia do dia serve bem para ilustrar. «Mãe é anti-vacinas», «mãe não vacinou a filha desde os dois meses», «mãe isto, mãe aquilo». E o pai? A menina não tinha pai? Foi só a mãe que falhou?
#Saladeestar
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