Eu
gostava de dizer – ou de deixar dito – que neste jogo de gerações rascas, em
que as anteriores tanto gostam de exibir a sua superioridade comportamental
sobre as seguintes
(caso para perguntar com quem terão aprendido?), fujo o mais que posso do
teatro de indignados.
Não
tenho quaisquer ilusões. No meu tempo (o que dói assumir a expressão «no meu
tempo»!) éramos capazes disto tudo. Não éramos nem melhores nem piores que os
de hoje. E suspeito que dos que nos precederam.
Não
é desculpa para os de hoje. Nem para os de ontem, já agora. O que está mal hoje
estava mal ontem (que fique claro). Mas não
vale esse argumento do «no meu tempo não era assim». Porque era. Há várias gerações que, se estivermos a jeito, sabemos
ser selvagens.
PS. Não estou
aqui a tratar de outras questões. Como a facilidade e quase incitamento. A ausência
de censura ou desculpabilização. E a cultura de impunidade. Aí até pode haver diferenças.
Mas não são boas. Especialmente para a geração dos indignados.
#Saladeestar
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