quarta-feira, 5 de abril de 2017

Não sei como se diz um abraço em russo

Tenho um carinho especial por São Petersburgo. Por entre aqueles majestosos palácios, monumentos, jardins, estações de metro, museus, catedrais, avenidas e becos, sente-se a intensidade da história como em poucos lugares.
Da literatura à arquitectura. Do Ballet à pintura. Da resistência, à tensão política e religiosa. Da amargura à arrogância até. E sempre pela medida grande, com uma sumptuosidade que quase abafa.
Na expressão do vulgar vendedor de jornais, no espalhafato dos noivos que se passeiam em limousines insufladas, na dureza e mesmo exigência das distâncias. Em São Petersburgo prevalece o autêntico, com toda a naturalidade (quase a tocar a agressividade). Chega a ser revelador o regresso ao seu nome de sempre.
Talvez outros lugares (seguramente que sim) tenham sido mais marcados pela história. Mas não sei se algum a conserva tão respirável e marcada.
Há qualquer coisa de São Petersburgo no meu Porto. Ou de Porto em São Petersburgo. Também por isso senti mais o terrível atentado desta semana. Um abraço para lá.

#Saladeestar
#Escritório

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