O grande mérito dos rankings (não confundir com
rankings de mérito) é o de (nos) lembrarem que o melhor professor de matemática
ou de português, o melhor director de uma escola, ou o programa curricular mais
eficaz, tem um nome: privilégio social e económico (que podemos traduzir por
dinheiro, claro, mas por coisas tão simples como ter pais com formação superior,
não viver a tensão de ter ou não ter jantar em casa, de os pais terem ou não
terem emprego e dinheiro para o elementar, dispor de uma secretária ou de um
canto para fazer os trabalhos de casa, de haver alguém em casa que pergunte pelas
aulas e pela vida, por poder viver as inevitáveis tensões da vida nos momentos e
nas idades próprias).
Por exemplo, os meus filhos fazem parte daqueles
que têm «o melhor professor de matemática, de português, de ciências e de
inglês, o melhor director de escola e o programa curricular mais eficaz». Quer
dizer, vivem num ambiente de privilégio social e económico (era o que eu queria
dizer). Reconhecer isto não é vaidade. É elementar. E coloca depois em perspectiva
esses rankings (que são importantes, mas talvez não sejam o referencial mais importante).
Se quiserem, está bem traduzido neste vídeo:
#Saladeestar
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