segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Rankings

O grande mérito dos rankings (não confundir com rankings de mérito) é o de (nos) lembrarem que o melhor professor de matemática ou de português, o melhor director de uma escola, ou o programa curricular mais eficaz, tem um nome: privilégio social e económico (que podemos traduzir por dinheiro, claro, mas por coisas tão simples como ter pais com formação superior, não viver a tensão de ter ou não ter jantar em casa, de os pais terem ou não terem emprego e dinheiro para o elementar, dispor de uma secretária ou de um canto para fazer os trabalhos de casa, de haver alguém em casa que pergunte pelas aulas e pela vida, por poder viver as inevitáveis tensões da vida nos momentos e nas idades próprias).

Por exemplo, os meus filhos fazem parte daqueles que têm «o melhor professor de matemática, de português, de ciências e de inglês, o melhor director de escola e o programa curricular mais eficaz». Quer dizer, vivem num ambiente de privilégio social e económico (era o que eu queria dizer). Reconhecer isto não é vaidade. É elementar. E coloca depois em perspectiva esses rankings (que são importantes, mas talvez não sejam o referencial mais importante).

Se quiserem, está bem traduzido neste vídeo:



#Saladeestar

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