terça-feira, 26 de julho de 2016

A liberdade ainda é nossa

Hoje é numa Igreja em França. Como podia ser num comboio na Alemanha ou na marginal de Nice. Como havia sido antes numa discoteca em Orlando ou numa sala de concertos em Paris.
E se levantarmos os olhos (e talvez a consciência), vemos os horrores que se praticam na Nigéria e em tantos mais territórios africanos, no Médio Oriente e um pouco por todo este nosso triste mundo. Ou mesmo na Turquia, de onde nos chegam relatos assustadores.
A chacina, o ódio, o desprezo pela vida e pela dignidade humana. Seja por motivação religiosa (com o islamismo radical a unir grande parte destes eventos), seja por loucura solitária (agora promovida pretensamente a orgânica), seja por vinganças indecifráveis.

Hoje foram católicos, dentro de uma Igreja. Como em Orlando foram os homossexuais. Ou em Paris, jovens convencionais num concerto rock.
Não me indigno mais hoje, por ter sido na «minha» Igreja. Talvez sinta mais pessoalmente (o que é legítimo). Como sentiria se tivesse ocorrido em Portugal, por ser o meu país.
O que me indigna é por serem pessoas, para mais totalmente inocentes.
O que me indigna é a violência gratuita e absoluta contra a liberdade legítima dos demais.
O que me indigna é a barbárie cultural e religiosa que nos atormenta sem tréguas e sem razão.
Tenho pensado várias vezes – mais do que as que gostaria, tantos são os eventos que me sobressaltam a consciência – sobre estas monstruosidades.
Não são novidade nenhuma. A humanidade de hoje não é diferente. Não somos nem melhores nem piores. Não inventámos nada. Basta ler a história.
E termos consciência individual e colectiva de que é mesmo assim tanto serve para relativizarmos (no sentido de não perdermos a esperança) como serve sobretudo para prevenirmos. E serve também para não nos enganarmos com explicações enviesadas e desonestas.
Não há política – ou políticas – que justifiquem estes actos. Sejam de direita ou de esquerda. Estes loucos não se regem pelos nossos cânones e riem-se de cada vez que nos iludimos a construir essas narrativas tão absurdamente ocidentais.

Insisto. As autoridades islâmicas não se ouvem. Não se ouvem! Enquanto não se ouvirem com estrilho e em grande escala, não podem gozar da nossa liberdade! Se ainda é nossa …

#Escritório
#Saladeestar
#Jardim

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