- Que sorte poderes ir a pé para o escritório.
- Sim. É bom. E eu gosto de andar a pé. Conhecem-se as ruas ao pormenor. As fachadas, os portões, as campainhas. Os passeios, as árvores, os lampiões. As sombras, as marcas e os sons. E as pessoas, claro.
Podemos fazer o mesmo percurso milhares de vezes que há sempre alguma novidade.
- Que sorte …
- Sim. Mas sorte não é bem o termo. Há sempre um mas.
- Não vais dizer que andar de carro também é melhor. E dispenso esse lugar comum de que sabe bem ouvir rádio e que no carro temos o «nosso mundo» que ninguém perturba...
- Não. Também podes criar esse teu mundo quando andas a pé. O problema de andar a pé é que eu só o consigo fazer de duas maneiras. Ou atento ou distraído. E nenhuma delas é perfeita.
- Não inventes. Nem compliques.
- Não tem a ver com isso. Quando vou atento temo sempre que me caia qualquer coisa na cabeça. Tanto pode ser uma pinga pelo colarinho no justo momento em que vou a passar (que é tão tolerável como irritante) como pode ser outra coisa qualquer. Há sempre alguma fachada com andaimes. E se reparares bem a segurança daquilo é muito duvidosa. É por isso que vou sempre o mais de fora do passeio possível.
- Então tenta distraíres-te.
- Também não serve. Queres ver? Ontem, pela milésima vez (talvez centésima, não exageremos), voltei a ser sobressaltado. No mesmo portão de sempre. O mesmo cão de sempre. O mesmo susto estúpido de sempre. Que para mais, com o salto ridículo que dei, fui aterrar directamente no dejecto do passeio. Não sei de que cão, mas o cheiro … também era o de sempre.
#Saladeestar
terça-feira, 28 de fevereiro de 2017
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017
Outra estatística
O Paulo Baldaia, director do DN, vem hoje em
defesa do trabalho do Público, dirigido pelo David Dinis, a propósito da insuspeita
oportunidade jornalística da «investigação» sobre a não publicação das estatísticas
das transferências para offshores. Serve esse exercício do Paulo Baldaia para
alertar para o problema dos factos «criados» pelos comentadores que contrastam
com os factos reais. No caso, o facto «criado» seria a acusação de que a
notícia da semana passada era uma repetição da que foi publicada há um ano. O
facto real, segundo o Paulo Baldaia (e secundado, entretanto, e naturalmente,
pelo David Dinis) era o de que os 10.000 milhões de euros cuja não publicação
das estatísticas era agora noticiada, acrescia à não publicação também
noticiada há um ano (creio que é mais ou menos isto).
Louvo-lhe o gesto ao Paulo Baldaia (como concorrente, fica-lhe bem), mas não sei se o
acompanho, isto é, não estou certo de que seja essa a denúncia mais relevante a fazer. Quer dizer, eu percebo
e também me insurjo contra esta «criação» permanente de factos que depois não
são comprovadamente verdadeiros (e ainda estou para saber se este caso até será
o melhor exemplo para o exercício de denúncia do Paulo Baldaia). Para mim –
simples leitor, simples interessado e ainda mais simples cidadão que não
desiste de distinguir os comentadores dos jornalistas – muito mais grave que os
não factos criados por essa turba de comentadores são os factos sugeridos em
peças jornalísticas que, reconhecidamente não são verdadeiros, mas que passam
subliminarmente.
Eu explico.
Neste caso em que se noticia a não publicação
de estatísticas – sublinho, de estatísticas – passa quase despudoradamente a
ideia de que a notícia real é a de que foram transferidos, à margem da lei, 10.000
milhões de euros para offshores. Os mais distraídos e permeáveis ao «spin» até
ficam com a ideia que esses muitos milhares de milhões foram transferidos por
ordem do então Secretário de Estado. Ou que foram transferidos sem comunicação
à Autoridade Tributária. Ou que não foram inspeccionados pela Autoridade
Tributária por ordem do Secretário de Estado. Ou que já nem podem ser inspeccionados
(singrando a ideia de que a Autoridade Tributária sindica tudo ao minuto). Ou mesmo
que esses 10.000 milhões correspondem a receita que deveria ser do Estado (daí
as comparações com o orçamento do SNS).
Ora convém dizer que o que está em causa – e não
estou a desvalorizar, estou apenas a hierarquizar – é a publicação ou não
publicação de estatísticas. E desse facto não depende nem dependeu ao longo dos
últimos 4 anos (era só o que faltava!) o trabalho da Autoridade Tributária de
verificação e de correcção, se for o caso.
Por estes dias já não sei quantas vezes discuti
sobre este caso – ao ponto de me ter de esforçar para lá do normal porque não
queriam acreditar em mim. Nenhum dos meus interlocutores achava que o problema
estava na alegada não autorização de publicação de estatísticas. Todos – todos mesmo
– achavam que era um caso de receitas de impostos que fugiram para offshores e
que o Secretário de Estado deu ordens à Autoridade Tributária para não
investigar.
Mais grave que os não factos criados pelos
comentadores são os não factos sugeridos pela hiperbolização jornalística da
gravidade de factos que, desse modo, se tornam mais apelativos. Eu percebo o
esforço na criação do embrulho (Offshores! Secretário de Estado não autorizou a
AT!), mas ele não pode ir ao ponto de «criar» factos na cabeça (ou no
subconsciente) do público.
O exemplo desta «investigação» do Público é um
bom mau exemplo do que aqui denuncio. Mas há muitos mais. Ainda me hei-de
dedicar a essa «outra estatística».
#Escritório
domingo, 26 de fevereiro de 2017
Nosso
Cada ponto, cada defesa, cada golo, é nas bancadas que têm nascido. Quem foi a Guimarães, há 15 dias, ou hoje ao Bessa, sabe bem o que estou a dizer. Queremos mesmo. E merecemos mesmo. Que seja nosso.
#Saladejogos
#Saladejogos
quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017
Custa-me isto
1. Alex Telles? Parou-lhe o cérebro, que se há-de fazer...
2. Até fomos defendendo benzinho. Mas foi mesmo só isso. E o jogo não tem só 70 minutos.
3. Não me revi nada, mesmo nada na equipa, na estratégia, até no 11 e nas substituições. Tolhidos e na retranca. Se foi medo vão ter medo para casa que o Porto fez-se justamente por não temer os favoritos e poderosos.
4. Por que raio não jogamos com a nossa malha original?? Detesto esta modernice do equipamento alternativo!
5. Não me apetece falar do árbitro, até porque antes da brincadeira do Telles já eles abusavam da nossa timidez. Mas ao contrário ficava um aviso no lugar do segundo amarelo.
6. Se soubessem como me custam estes momentos... ainda para mais a Juventus...
#Saladejogos
2. Até fomos defendendo benzinho. Mas foi mesmo só isso. E o jogo não tem só 70 minutos.
3. Não me revi nada, mesmo nada na equipa, na estratégia, até no 11 e nas substituições. Tolhidos e na retranca. Se foi medo vão ter medo para casa que o Porto fez-se justamente por não temer os favoritos e poderosos.
4. Por que raio não jogamos com a nossa malha original?? Detesto esta modernice do equipamento alternativo!
5. Não me apetece falar do árbitro, até porque antes da brincadeira do Telles já eles abusavam da nossa timidez. Mas ao contrário ficava um aviso no lugar do segundo amarelo.
6. Se soubessem como me custam estes momentos... ainda para mais a Juventus...
#Saladejogos
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017
Leonardo Jardim e Bernardo Silva
Há qualquer coisa de especial no triunfo das
não vedetas.
Não sei se é mais merecido ou mais justo. Mas
sabe melhor (ou sabe-me melhor). Talvez seja por me sentir mais próximo e
identificado.
A simplicidade de Bernardo Silva e de Leonardo
Jardim (duas não vedetas cujo génio já brilha sem disfarce) são dois bons
exemplos.
Ambos apareceram sem anúncio, sem parangonas e
sem padrinhos. E ambos se exibem sem deslumbramento e sem filtros, para nosso
deleite.
Merecem todas as «bocas
abertas» que se espalham por esse mundo fora.#Saladejogos
terça-feira, 21 de fevereiro de 2017
Quotas nas cotadas já
A conversa das quotas - que sempre evitei por delas discordar - tem um reverso de que demasiado tarde me dei conta.
Eu sempre achei - e continuo a achar como ideal - que o caminho é o do mérito. E sendo assim, a introdução de quotas é um entorse sem sentido.
O problema deste meu ideal é que ele só serve, ou só tem servido, para barrar ou para justificar as promoções das mulheres. Há uma quase presunção de mérito nas promoções "deles" de que não gozam, por regra, as "delas". A verdade, contudo, é que quando olho às elites que "nos governam" (empresariais e não só) vejo lá muitos que não passaram pelo tal crivo do mérito. Reconheço-lhes os "méritos" mas neles nem sempre identifico o mérito. E se é assim - porque é muitas vezes - não verto uma lágrima pelo fim, à força, dessa desigualdade.
Como imaginam, não falo em causa própria (e também não estou a testar a minha "cotação"). Mas sinceramente (talvez infelizmente) a notícia de hoje de que as quotas imporão nomeações de mulheres nas sociedades cotadas é "bem feita".
O problema deste meu ideal é que ele só serve, ou só tem servido, para barrar ou para justificar as promoções das mulheres. Há uma quase presunção de mérito nas promoções "deles" de que não gozam, por regra, as "delas". A verdade, contudo, é que quando olho às elites que "nos governam" (empresariais e não só) vejo lá muitos que não passaram pelo tal crivo do mérito. Reconheço-lhes os "méritos" mas neles nem sempre identifico o mérito. E se é assim - porque é muitas vezes - não verto uma lágrima pelo fim, à força, dessa desigualdade.
Como imaginam, não falo em causa própria (e também não estou a testar a minha "cotação"). Mas sinceramente (talvez infelizmente) a notícia de hoje de que as quotas imporão nomeações de mulheres nas sociedades cotadas é "bem feita".
#Escritório
segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017
O livro de Cavaco
Escrevesse
o que escrevesse, revelasse o que revelasse, fosse qual fosse o momento
escolhido, os críticos seriam os mesmos, com o mesmo tom de desdém e os mesmos
preconceitos de 30 anos.
A dada
altura, tentava perceber como Cavaco se afirmou apesar deste ambiente adverso e
de casta. Hoje, ironicamente, cada vez mais acho que foi por causa desse
ambiente que Cavaco se fez.
E olhem que
é pena não se libertarem dos vetustos preconceitos. É que é essencial para
compreenderem o homem que os portugueses escolheram mais vezes, mais
massivamente e por mais tempo. E sempre em democracia e liberdade (convém
lembrá-lo, não vá o preconceito ignorá-lo).
#Escritório
A pior segunda-feira do ano está a chegar
Costumo gostar mais das sextas-feiras. Por
muito cansado que chegue ao fim-de-semana, eu gosto das sextas-feiras.
Mas há semanas em que as sextas-feiras são
piores que as segundas. E quem diz as segundas, diz as terças ou as quartas. Das
quintas já não digo o mesmo (talvez seja dos tempos da «noite da mulher» – que
por regra eram às quintas – mas a verdade é que das quintas gosto).
Esta semana, por exemplo, sexta-feira vai ser segunda.
Mas não uma segunda-feira qualquer. Vai ser daquelas segundas-feiras em que não
queremos mesmo sair da cama.
Entre máscaras e mascarinhas, birras e
birrinhas, (e chuva, costuma haver chuva!), já fui avisado, a todo o transe e
com a ansiedade nos píncaros, que esta sexta-feira vai ser segunda.
Vem aí a minha pior segunda-feira do ano: a
sexta-feira de Carnaval na escola …
#Saladeestar
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017
A liberdade e os jornalistas
Naturalmente que os jornalistas são pessoas como
quaisquer outras, com ideias, com clubes, com relações sociais e familiares. E
não será exigível que se dispam totalmente dessas suas filiações
"emocionais" (chamemos-lhes assim). Já não se compreende que uma manchete,
uma denúncia, uma chamada de primeira página, uma crítica ao óbvio, o tom mais
ou menos grave, sejam contidos (ou até negados) por submissão àquelas filiações
"emocionais".
Para mim – consumidor e leitor – não é tanto um problema
de alinhamento à direita ou à esquerda. É mesmo um problema de espírito
crítico, de exigência e, no fundo, de jornalismo.
São poucos – cada vez menos e mais contados – os que se
rebelam contra o seu próprio espartilho e cumprem o seu papel. A cada polémica,
a cada embaraço à esquerda ou à direita, é vê-los, dependendo do alinhamento,
com olhos mansos ou mesmo tolhidos, ou agressivos senão esbugalhados.
Estes episódios à volta da Caixa e de Mário Centeno, como
ontem o dos swaps com Maria Luis Albuquerque, ou mesmo os anúncios governamentais
de resultados macroeconómicos (seja qual for o governo ou conjuntura), são bem
elucidativos de quão desinteressante e condicionada é, por regra, a cobertura
jornalística. Uns adiam as notícias e ignoram o óbvio. Outros exploram com
clamor e exagero. E, depois, há um enorme défice de análise crítica dos dados
anunciados por cada governo (seja sobre o défice, sobre o desemprego, sobre o
crescimento ou sobre a dívida e os juros).
A quase todos, em algum momento, parece faltar o
distanciamento que se espera do profissional com carteira de jornalista.
Tendencialmente, os jornalistas têm de ser incómodos e
exigentes com o poder. Um bom entrevistador ou repórter é aquele que faz
perguntas difíceis. Um director de jornal não tem por que fugir ou promover manchetes
favoráveis ao poder. Mas tem de gerar a confiança de que a manchete é crítica e
rigorosa.
Podem faltar investidores e recursos financeiros ao
jornalismo. Mas o que não pode faltar é sentido crítico e genuína independência.
É certamente um problema de credibilidade. Mas é antes um problema de liberdade.
E às tantas nem se apercebem disso.
#Saladeestar
#Escritório
terça-feira, 14 de fevereiro de 2017
Dia dos namorados
Ah, para mim é dia dos namorados todos os dias … (que bonito e que sorte tem a vossa cara metade ...).
Esqueçam. Posso não ligar nada ao dia dos namorados. Mas também não é todos os dias, que isso seria um inferno de monotonia e canseira.
#Saladeestar
Esqueçam. Posso não ligar nada ao dia dos namorados. Mas também não é todos os dias, que isso seria um inferno de monotonia e canseira.
#Saladeestar
Programa a dois
14 de Fevereiro de 2015
Andava há meses a adiar. «Quando vamos os dois», perguntava-me frequentemente.
E eu dizia-lhe sempre que havíamos de ir, que tínhamos de ir, que ia ser mesmo bom.
A cada interpelação – quando vamos os dois? – eu apimentava-lhe a vontade com histórias de conquistas gloriosas, com memórias incríveis e relatos de façanhas quase impossíveis.
«Temos de ir, temos de ir», respondia-lhe sempre a terminar. Vou combinar.
Tinha que ser num sábado, sem pressão, só nós os dois e mais ninguém a chatear. E havia de ser com todo o tempo do mundo. Para nos dedicarmos com o vagar e a devoção justa.
Chegou o dia. Até estava a chuviscar. Era o tempo a recomendar-nos especialmente o programa a dois. Aquele programa a dois.
Saímos de casa, despedimo-nos como quem vai para um mundo à parte, e lá fomos os dois. Só nós os dois, com todo o tempo do mundo.
Gostámos os dois de tudo! Dedicámo-nos os dois a tudo! E confirmámos que ali está o que gostamos mais que tudo!
A mim coube-me explicar mais, mas nem por isso os olhos me deixaram de brilhar. Sim. Brilhavam-nos os olhos. Ríamo-nos os dois pelas conquistas ali testemunhadas. Víamos e revíamos (vivíamos!) as tais histórias de conquistas gloriosas, as memórias incríveis e as façanhas quase impossíveis.
Cada um de nós os dois trouxe consigo o que quis. Do meu lado, comoveu-me perceber a nossa sintonia – a comunhão quase química de interesses. Queríamos ver as mesmas coisas. Queríamos estar mais tempo nos mesmos sítios.
Que bela tarde no Museu do F. C. Porto com o meu filho!
#Jardim
Andava há meses a adiar. «Quando vamos os dois», perguntava-me frequentemente.
E eu dizia-lhe sempre que havíamos de ir, que tínhamos de ir, que ia ser mesmo bom.
A cada interpelação – quando vamos os dois? – eu apimentava-lhe a vontade com histórias de conquistas gloriosas, com memórias incríveis e relatos de façanhas quase impossíveis.
«Temos de ir, temos de ir», respondia-lhe sempre a terminar. Vou combinar.
Tinha que ser num sábado, sem pressão, só nós os dois e mais ninguém a chatear. E havia de ser com todo o tempo do mundo. Para nos dedicarmos com o vagar e a devoção justa.
Chegou o dia. Até estava a chuviscar. Era o tempo a recomendar-nos especialmente o programa a dois. Aquele programa a dois.
Saímos de casa, despedimo-nos como quem vai para um mundo à parte, e lá fomos os dois. Só nós os dois, com todo o tempo do mundo.
Gostámos os dois de tudo! Dedicámo-nos os dois a tudo! E confirmámos que ali está o que gostamos mais que tudo!
A mim coube-me explicar mais, mas nem por isso os olhos me deixaram de brilhar. Sim. Brilhavam-nos os olhos. Ríamo-nos os dois pelas conquistas ali testemunhadas. Víamos e revíamos (vivíamos!) as tais histórias de conquistas gloriosas, as memórias incríveis e as façanhas quase impossíveis.
Cada um de nós os dois trouxe consigo o que quis. Do meu lado, comoveu-me perceber a nossa sintonia – a comunhão quase química de interesses. Queríamos ver as mesmas coisas. Queríamos estar mais tempo nos mesmos sítios.
Que bela tarde no Museu do F. C. Porto com o meu filho!
#Jardim
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017
E que passem dez iguais
A minha convicção de que a luta pela causa da vida
justifica o meu compromisso e testemunho, não esmoreceu.
Podem ter sido dez anos de aborto livre. Podem
ter sido dez anos de quase silêncio. Podem fazer-se balanços com dados mais ou
menos objectivos, mais ou menos animadores.
Quanto a mim continuo a achar que não há aborto
bom e aborto mau. Se o aborto clandestino é mau – sempre o denunciei – o aborto
nos hospitais não é bom (nunca pode ser!).
As reincidências – nuns impressionantes 30% –
estão a diminuir? Ainda bem.
Não há notícia de mulheres vítimas de aborto?
Ainda bem.
Não tem aumentado o número de abortos? Ainda
bem.
O problema é que a vida de cada um daqueles bebés
– e são muitos – não se mede em números ou estatísticas. São vidas inocentes. Que
mancham qualquer estatística.
E nestes dez anos? A quantas mulheres grávidas
foi prestado auxílio? A quantas crianças e famílias em dificuldades foi dada
uma mão? Qual o investimento do Estado e da sociedade no apoio à maternidade?
Era nessa «estatística» que valia a pena
investir!
Porque a vida vale sempre a pena!
Passaram dez anos?
E que passem dez iguais.
Porque cada dia
Eu te quero mais.
#Escritório
#Jardim
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017
É o destino
Obviamente que não nos devemos deslumbrar com os directórios internacionais e com os prémios atribuídos em função de votações pela internet.
Mas obviamente – também! – que não os devemos desprezar. E quando esses prémios decorrem de votos que não são nossos há uma qualquer mensagem que devemos captar.
Sim. Estou a dizer que não ligo muito aos nossos próprios votos (por muito que ache inteligente que os promovamos). E sim. Estou a querer dizer que me impressiona que em 85 países por esse mundo fora o Porto tenha atraído mais cliques que tantas e tão deslumbrantes cidades desta nossa velha Europa.
Pode não valer muito, mas vale qualquer coisa.
Mas obviamente – também! – que não os devemos desprezar. E quando esses prémios decorrem de votos que não são nossos há uma qualquer mensagem que devemos captar.
Sim. Estou a dizer que não ligo muito aos nossos próprios votos (por muito que ache inteligente que os promovamos). E sim. Estou a querer dizer que me impressiona que em 85 países por esse mundo fora o Porto tenha atraído mais cliques que tantas e tão deslumbrantes cidades desta nossa velha Europa.
Pode não valer muito, mas vale qualquer coisa.
Eu sempre soube do Porto. E sempre soube que algum dia ia ser descoberto. E é bom? É. Mas sabem mesmo o que é? É o destino.
#Salaodevisitas
terça-feira, 7 de fevereiro de 2017
Espuma (ainda o efeito mudanças)
Nunca gostei. Nem da opção gel nem de cheiros
fortes (que me perseguem, depois, o dia todo). Já não sei quantas embalagens
acumulo.
Entre as vezes em que me distraio e as vezes em
que se enganam por mim (é sempre má conselheira a encomenda a terceiros de produtos
tão pessoais), devo ter uma mão cheia no armário de casa.
Nunca fui a uma festa da espuma, mas se um dia
aparecer uma de gel, acho que passo por lá para dar vazão ao carregamento que tenho
em casa.
Que na barba não gasto de certeza.
#Saladeestar
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