sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Alguma novidade?

No PS tivemos Costa / Seguro, antes Seguro / Assis, e, antes ainda, Sócrates / Alegre.
No PSD tivemos Passos / Rangel, antes Ferreira Leite / Passos, e, antes destes, Menezes / Marques Mendes.
E para não deixar o CDS de fora, tivemos Portas / Ribeiro e Castro.

De todas estas disputas - que não resisti a acompanhar (é mais forte do que eu) - não guardo qualquer ideia inspiradora, debate elevado ou projecto mobilizador. Invariavelmente, foram jornadas ou de melindre pessoal e de convocação de discussões e temas antigos mal resolvidos, ou de afirmação vazia de pureza partidária (eu estive sempre e tu não, eu é que sou o genuíno e tu um “cristão novo” ou “aburguesado”).

Não alinho, por isso, na ideia de que a actual disputa Rio / Santana no PSD não nos tem oferecido qualquer ideia inspiradora ou projecto mobilizador. E também não faço eco de qualquer desapontamento sobre o debate de ontem.

Quer dizer, não tem havido, de facto, qualquer ideia inspiradora ou projecto mobilizador - isso é verdade. E o debate de ontem foi um exercício de reivindicação de fidelidade vs convocação de histórias passadas, que não trouxe surpresa ou revelação. Mas foi sempre assim em todas as disputas partidárias (mais ou menos recentes). E não seria agora, com Rio e Santana, que assistiríamos a uma espécie de regeneração.

O problema que Rio e Santana acrescentam é serem Rio e Santana. Dois políticos que há 40 anos que andam nisto dos lugares e das listas do partido, que já passaram por quase tudo, que ostentam uns justos  cabelos grisalhos bem “puxados para trás”, e cuja expressão de impaciência e falta de novidade já não consigo censurar.

Alguma novidade nesta disputa? Nenhuma. Mesmo.

#Escritório

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