No dia em que não ficássemos com azia. No dia em
que não nos desse enorme gozo a azia dos outros. No dia em que não tentássemos dourar
as nossas conquistas para disfarçar a relevância das conquistas dos outros. No
dia em que não gozássemos hiperbolicamente as nossas glórias.
Esse seria o dia da despromoção do futebol e
dos clubes.
O futebol, as audiências, os estádios, os
clubes, os patrocinadores. Vivem sobretudo dos adeptos. Os «simpatizantes»
(chamemos-lhes assim) são um mero complemento que se se generalizasse remetia o
futebol e os clubes a uma espécie de ATL.
O discurso politicamente correcto, se tivesse
respaldo na realidade, reduziria a pó o interesse do futebol e a viabilidade das competições
tal como as desejamos.
E não. Não confundam com falta de nível, de
urbanidade ou de saber estar. E muito menos com violência ou corrupção.
Nunca tive dúvidas de que é muito saudável que
eu deteste ver o Benfica tricampeão. Que eu sofra com a desgraça do meu Porto.
E é também saudável que eu exagere nesses sentimentos. Que o digam os meus amigos
e família do Benfica ou do Sporting. Que o diga eu que não gozava metade se não
fossem eles.
A bem do futebol!
#Saladejogos
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