quinta-feira, 13 de julho de 2017

Ainda não

Não vou ser «desmancha prazeres». Não é o meu estilo. Muito menos com o meu Porto.
Mas não vejo motivos para celebrar. Ainda.

A escolha do Porto para a candidatura à sede da EMA é um bom sinal. E serviu para outras conquistas, não directamente relacionadas com esta à sede da EMA, mas que vieram por arrasto (como a de expor o absurdo centralista que nos governa e – não menos importante – o de nos pôr alerta para outras oportunidades em benefício do país todo). Mas sejamos objectivos. Não é uma grande notícia ao ponto de nos pôr a festejar. Sinceramente, ainda não.

Dito isto, não hesito nos adjectivos. Se o Porto conseguir, de facto, atrair a sede da EMA será a maior conquista para o desenvolvimento da cidade de há muitos, muitos anos. Não estou a exagerar. Quem olha aos números da Agência – ao orçamento, ao número de trabalhadores e respectivos salários, às viagens a que obriga, às reuniões que promove, às dormidas na região, etc. – conseguirá ter bem a noção do impacto que a instalação de um organismo destes poderá ter na nossa cidade.

Acredito muito nas nossas gentes. Especialmente naqueles a quem, em nosso nome, cabe gerir estes dossiers. Diria que é justamente essa a sua expertise. Ana Lehman (agora de saída da InvestPorto para o governo, mas para uma pasta não totalmente desligada do tema), Ricardo Valente, Filipe Ortigão Guimarães, o presidente Rui Moreira. São – têm sido – uma equipa com excelentes resultados na atracção de investimento e na capacidade de seduzir quem pensa em nós. E, neste dossier em concreto, o envolvimento de Eurico Castro Alves fez e faz todo o sentido.


Eu quero festejar. Mas ainda não.

#Escritório
#Salaodevisitas

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