Não temos ministro da administração interna. Já
sabíamos que não tínhamos (no Verão já tinha sido tão evidente). Na prontidão, na
liderança, na postura, no tom de voz, no vocabulário, enfim, em praticamente
tudo. Descobrimos, ainda assim, um Secretário de Estado (Jorge Gomes), no
terreno e à primeira hora (como deve ser), a liderar as operações, a reportar
quando era adequado, a receber o Presidente da República, e a tomar as dores
que todos sentíamos naquelas horas de choque e incredulidade. Já nos vimos
habituando à falta de liderança política (de governo para governo vão variando
as pastas, mas é demasiado comum termos ministros que não existem porque não
podem nem sabem). Vamo-nos habituando, é verdade, mas é demasiado grave esta
vacatura recorrente. Se há momento em que se impunha uma voz liderante, com
estatuto e competência, este era um desses. E nesse capítulo foi um rotundo
fracasso (que se repete a cada briefing).
#Escritório
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