Não estou no mood ideal. Esta coisa de 64 dos
nossos terem partido, em circunstâncias tão horríveis, e tudo o mais que por lá
se passou e passa, não me sai da cabeça. Mas ainda assim, cá vou eu para o meu São
João.
Eu gosto tanto do São João!
Dos arraias mais ou menos espontâneos. Da
cidade dominada pelo seu povo inteiro. Dos novos, dos velhos, de todos mesmo,
entregues a uma festa livre. Das cervejas ou dos sumos. Das febras e das
sardinhas. Da música e das luzes. Dos bailaricos e das caminhadas. Dos martelos
e dos alhos porros. E, sim, das fogueiras e dos balões (algo ficará por cumprir quando olhar ao céu e o vir despido da nossa tradição).
São João, aqui me tens. «A ti me escravizei»,
como dizia Torga sobre a poesia.
Bom São João a todos!
PS. Eu sei o que é ser desterrado neste dia.
Sei o que custa não estar cá para quem é de cá. Sei o que é passar pela tortura
de imaginar como estará a ser, como se estarão a entregar os «nossos». Sei o
que é substituir esse aperto e saudade pelo exercício de recordação de tantos
São Joões vividos. Tenho uma mensagem para esses nossos: venham mesmo. Deixem-se
de secundarizar a vossa presença quando vão a tempo de a garantir. Estamos a um
ano do São João de 2018. Organizem-se e venham!
#Saladeestar
#Salaodevisitas
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