Há mais de 20 anos (não estou a exagerar) que
sou um fiel leitor, ouvinte e espectador de informação e análise política em
Portugal.
Já li, ouvi e vi muita gente.
Há, claro, aqueles que se perpetuam na «alta
roda» mas que nunca gozaram da minha paciência (não serão assim tão poucos os
que eu chamo de «balões de ar»).
Há também aquele grupo de jornalistas e
comentadores que até já mereceram a minha fidelidade – por mais ou menos tempo –
mas que a foram perdendo por manifesto desinteresse.
Há depois aqueles que volta e meia valem a
pena, mas primam pela irregularidade. Tanto nos surpreendem com uma boa análise,
com um ponto interessante, como nos servem banalidades que entediam qualquer
audiência.
Há ainda aqueles de quem tenho imensas
saudades. Que nunca perdia mas que perdi (perdemos todos). Penso sempre no
Medeiros Ferreira, curiosamente.
Há finalmente aqueles – três ou quatro – que ouço,
vejo e leio há muitos anos e que nunca deixarei de seguir.
O denominador comum destes três ou quatro – como
daqueles que perdi – não é a maior ou menor adesão às suas teses ou análises. É
aquela coisinha tão subvalorizada mas tão essencial que dá pelo nome e
honestidade intelectual. E quando a ela está associada uma oralidade agradável sem
laivos de sobranceria, fico arrebatado.
O Paulo Baldaia é um desses três ou quatro, vai
deixar de ser director da TSF. O David Dinis também, e vai passar a ser
director da TSF.
Tudo está bem.
#Escritório
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