sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Paulo Baldaia e David Dinis

Há mais de 20 anos (não estou a exagerar) que sou um fiel leitor, ouvinte e espectador de informação e análise política em Portugal.
Já li, ouvi e vi muita gente.
Há, claro, aqueles que se perpetuam na «alta roda» mas que nunca gozaram da minha paciência (não serão assim tão poucos os que eu chamo de «balões de ar»).
Há também aquele grupo de jornalistas e comentadores que até já mereceram a minha fidelidade – por mais ou menos tempo – mas que a foram perdendo por manifesto desinteresse.
Há depois aqueles que volta e meia valem a pena, mas primam pela irregularidade. Tanto nos surpreendem com uma boa análise, com um ponto interessante, como nos servem banalidades que entediam qualquer audiência.
Há ainda aqueles de quem tenho imensas saudades. Que nunca perdia mas que perdi (perdemos todos). Penso sempre no Medeiros Ferreira, curiosamente.
Há finalmente aqueles – três ou quatro – que ouço, vejo e leio há muitos anos e que nunca deixarei de seguir.
O denominador comum destes três ou quatro – como daqueles que perdi – não é a maior ou menor adesão às suas teses ou análises. É aquela coisinha tão subvalorizada mas tão essencial que dá pelo nome e honestidade intelectual. E quando a ela está associada uma oralidade agradável sem laivos de sobranceria, fico arrebatado.
O Paulo Baldaia é um desses três ou quatro, vai deixar de ser director da TSF. O David Dinis também, e vai passar a ser director da TSF.

Tudo está bem.

#Escritório

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