quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Voar à janela

Já não me lembro da excitação das primeiras «passagens» (como continuam a dizer os brasileiros). Ainda hoje preservo a preferência pelo lugar da janela nos aviões.
Por regra, chego ao fim do percurso sem ter sequer passado os olhos pela janela. Passo mais pelas «brasas», confesso. Mas a hipótese - fortuita que seja - de me deter sobre a paisagem que sobrevoo inclina-me para os lugares da janela. Mesmo que a escolha implique ficar refém dos dois passageiros do lado.
Há duas paisagens que me surpreendem sempre.


A imensidão de nuvens sem fim, abraçadas e leves, que me inspiram ao conforto do sobrenatural e me colocam no meu devido lugar. Pequenino. Impuro. Insignificante.

E o Porto. Sempre o Porto. Visto do céu o Porto nunca é banal. Nunca cansa. Quando a luz e os ventos consentem vê-lo do alto, o Porto impressiona sempre.



#Salaodevisitas
#Jardim

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