domingo, 11 de dezembro de 2016

Como se nada fosse

Ainda me lembro como era isso de ter uma gripe e poder curá-la convencionalmente. Na cama, sem ser convocado para nada, cumprindo e fazendo cumprir as prescrições clássicas (dormir, comer e beber na estrita medida do necessário, tomar dois ou três xaropes ou pastilhas e não ser incomodado).

Ai dói-me o corpo? Pesa-me a cabeça? Não me larga a tosse? Só me apetece estar na cama? Estou fraquinho?

Há por aqui por casa uns seres que não querem saber e passeiam-se como se nada fosse. Chamam como se nada fosse. Querem tomar o pequeno-almoço, o almoço, o lanche, e o jantar às horas certas como se nada fosse. Peguilham como se nada fosse. Fazem asneiras e desarrumam como se nada fosse. Até brincam connosco como se nada fosse.

Perdi algures essa coisa do direito a estar doente. Quer dizer, estou. Mas cá em casa é como se nada fosse.

#Saladeestar

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