sábado, 16 de janeiro de 2016

Aureliano da Fonseca

Alegra-te ó Céu!
Querias tudo, querias um capaz de tudo, que fez de tudo? Aí o tens!
Querias um criador inspirado? De músicas, de cantorias e tangos e até de hinos? Claro que querias! Aí o tens!
Querias um estudante - um eterno estudante - um Professor, um mestre, um médico, «o» especialista? Aí o tens!
Querias um navegador e viajante, aventureiro e humanista? Recebe-o que aí o tens!
E poeta e escritor, e fotógrafo e colecionador? Está aí, recebe-o! Sofisticado e galã como ele é.
Sim, é o filho fiel de pai e mãe. O marido fidelíssimo de dezenas e dezenas de anos. Como dezenas e dezenas são os que lhe devem o bem maior que é a vida. E outros tantos (ou mais!) que mereceram e sentiram como se dele fossem. E milhares serão os que de seu trato gozaram e não esqueceram.
E tu sabes, ó Céu, que foi para Deus e por Deus que viveu tanto. Até ao fim que nunca teve fim.
Se eu mandasse? Se eu mandasse soariam os sinos!
No Porto, na Universidade, nos pianos, nos tangos, nas tunas, nos hospitais e consultórios, na poesia e na prosa, na fotografia, nas viagens pelo mundo. E no Brasil e na Suíça, nas Pousadas e na Urgeiriça. Seriam os seus filhos, com os filhos dos filhos, e mais filhos. Todos - e mais os mochos - a puxar as cordas dos sinos deste mundo.
Alegra-te ó Céu! Para os reencontros, os abraços e as saudades de 100 anos! Alegra-te ó Céu!
#Jardim

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