sexta-feira, 20 de maio de 2016

Ir

Há qualquer coisa de sufocante no fenómeno dos festivais de Música. Em certa medida, estão transformados num mundo de alegria, de sucesso, de partilha, a que colectivamente quase nos sentimos obrigados a ceder. Esse sufoco dos festivais decorre, naturalmente, dos méritos de quem os erige mas muito do nosso consentimento. E já sabemos. É sempre incrível, histórico, memorável. As bandas, os artistas (e os seus petit noms), os directos e as multidões. As súbitas multidões de fãs incondicionais. Pouco espaço sobra para a dúvida ou para a entrega mais tímida.
E sempre sem condicionamentos de monta, por muito dinheiro, por muito tempo e por muito exigente que seja a gestão familiar. Ir é o verbo. «Eu Vou», lê-se por todo o lado.

#Saladeestar

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