quarta-feira, 30 de março de 2016

Caixa Negra

Há alguma resistência. Há também alguma troça (para não dizer desprezo). E há preconceito. Muito preconceito.
Eu apenas sugiro que o recente livro de Rui Moreira (escrito a duas mãos com o seu assessor Nuno Santos) merece ser lido. Naturalmente que para quem se interesse pelo dossier específico da TAP e do Porto, e das opções do Estado relativamente às infraestruturas aeroportuárias, o livro reúne matéria suficiente para no mínimo ficarem no «ar» muitas interrogações (ou como dizia António Lobo Xavier na apresentação do livro em Serralves, outro título possível poderia ser «à procura da lógica»).
A maior utilidade do livro, do meu ponto de vista, prende-se com o que revela sobre as «regras», as cumplicidades, os cruzamentos, no fundo o modus operandi do Estado central e do poder ou poderes que o cercam. No caso do livro é o Porto e o Norte que estão como pano de fundo. Mas podia ser qualquer outra região menos próxima do poder central.
Por mim, sobram-me duas interrogações embaraçantes.
De onde são e o que aportam os senhores - cada um dos senhores - que se sentam no Conselho de Ministros (de qualquer Governo)?
Para que servem as listas distritais e os seus eleitos - cada um dos seus eleitos - na Assembleia da República?
Como nunca fiz parte de uns ou de outros, pouco me pesa a consciência. Mas não me liberto da ideia de que seja quem for, seja de onde for, não faz muita diferença. Mas devia.

#Salaodevisitas
#Escritório

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