segunda-feira, 7 de março de 2016

Cavaco Silva

Eu lembro-me. Por estes dias haverá muitos que se esqueceram. Mas eu lembro-me. Eu lembro-lhes.

A personalidade em quem os portugueses mais confiaram, em quem mais votaram, durante mais anos - acima de qualquer outra, muita acima da segunda - confiando-lhe o Governo do país, entregando-lhe absolutamente o Parlamento, e escolhendo-o para Presidente da República, tem um nome. Aníbal Cavaco Silva. Foi assim em absoluta normalidade. E sobretudo, foi assim em absoluta liberdade.

10 anos como Primeiro-Ministro. 10 anos como Presidente da República.

Nunca reservei a Cavaco Silva o maior dos entusiasmos. O ponto, todavia, que hoje se impõe relevar é outro.
Alguém que se submete tantas vezes ao voto, merecendo a confiança inequívoca da maioria dos eleitores. Alguém que, no respeito pelo pluralismo democrático, dedica tantos anos ao exercício abnegado e digno dos mais altos cargos do Estado neste nosso Portugal, tem sempre o meu reconhecimento independentemente de lhe ter ou não confiado o voto, independentemente do maior ou menor grau de adesão ao longo de tais mandatos populares.

Aliás, não é apenas reconhecimento. É sobretudo agradecimento.

#Escritorio

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