quarta-feira, 16 de março de 2016

Lula

Esta história do Lula inspira imensos trocadilhos e acaba por nos desviar do nojo que nos devia causar.

Qualquer democracia, qualquer Estado de Direito, qualquer sociedade civilizada, não consegue resistir a tão despudorada e eloquente instrumentalização das regras.
Tal como um bom exemplo ou um testemunho marcante tem uma força tremenda, também o mau exemplo ou péssimo testemunho causa enorme dano.

Ter um ex-chefe de Estado – que persiste como referência para milhões de concidadãos – a jogar com as regras, a abusar de prerrogativas e a gozar com o sistema judicial do Estado que chefiou, não é só uma «confissão» de culpa (como hoje li com graça e acerto). É a verdadeira falência do Estado e das suas mais altas instituições.
O ex-presidente e agora ministro até pode ser inocente dos crimes de corrupção de que o acusam (já nem quero saber). Deste crime de lesa Estado é definitiva e tristemente culpado.

Nojo foi o termo que usei lá em cima? Talvez seja mais ilustrativo dizer «escarro». Ou «lula», como dizíamos entre nós na escola.


#Escritorio

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