segunda-feira, 14 de março de 2016

Nicolau Breyner

Sempre desdenhei dos actores portugueses. Sempre padeci daquele provincianismo de que os estrangeiros eram muito melhores na arte de representar e por isso fui resistindo ao aportuguesamento progressivo que essa arte (felizmente) foi conhecendo.
Se fui injusto no meu provincianismo com tantos e tantos bons actores (reconheço-o e penitencio-me), sempre excepcionei o enorme Nicolau Breyner.
Não conheço actor português – ou melhor, artista – mais versátil, completo e notável.
Podia ser galã ou vilão. No teatro ou no cinema. Na revista ou na telenovela. Podia ser em registo de humor ou de drama. A cantar ou a declamar. Ao vivo ou em estúdio. Podia ser a sorrir ou a chorar. Em monólogo ou a contracenar. A preto e branco ou a cores.
Nicolau Breyner era simplesmente notável. Sempre notável. O que é notável!
Paz à sua alma.

#Jardim

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