terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Nota prévia sobre o congresso do CDS

Estou com alguma dificuldade em afinar o registo do balanço (que quero fazer e partilhar) do Congresso do CDS.
Porque há imensas diferenças (e desvios e desejos e ressentimentos) entre o que aconteceu e o que dizem que aconteceu.
Porque vai por aí uma instrumentalização (e desvios e desejos e ressentimentos) entre o que é e o que dizem ser o pulsar democrático dos «vencedores».
Porque também prolifera uma conveniente confusão do que venha a ser isso da cultura democrática. Que tanto se aplica a quem vence como a quem é vencido (não se perderá nada em lembrar).
E porque, de repente, para quem está agora do lado do escrutínio (e já não do poder) a política deixou de ser contemporização, acordo, aproximação, cedências, recuos e moderação e o exercício do possível. É só preto e branco. Tudo e só chamamento à coerência milimétrica.
Eu, que pessoalmente me vi surpreendido pelas circunstâncias e pelo «curso dos trabalhos» (já lá irei), não estou muito surpreendido.
Tenho pena, claro. Mas confio que o tempo e a bonomia (especialmente de muitos que estimo imenso) só podem melhorar o ambiente.

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